dezembro 30, 2008
filho do sangue coagulado
desde as palavras com teor de depedida
no teu ouvido ditas
ao dia em que se acalentava acalantos
no calor mútuo da pele e do ventre
...
desatamo-nos um ao outro. maré que encobre castelos de areia
( uma fisgada)
o aroma da flor de amora sempre será triste lembrar.
nossas noites. um poema em prol da humanidade
incluindo os aborígenes
nossa amor, despido ao mar que não soube o tragar
claro sob as miragens do deserto.
a tinta e a pena findam
a palavra extinta só risca o papel, não da lembrança,
se firo a folha, eu ferido, pássaro desvairado
um buquê de horrores...
noites cavernosas do meu pensamento
mutilado e incolor, conforme cedo a força de recordar
e revolver a terra
memória
- que esquecer é não ver os próprios pássaros
o fado que nos é dado é o própria Atlas
o poeta tem apenas duas mãos e esqueceu do mundo
tudo é passado, acontece que ela desceu de céu entre lágrimas e dilacerado
fechar a janela.. mas que janela?
se minh'alma é a nua substância
e eu carrego meu sangue perdido sempre junto ao peito
jorra plena no chão e frio o meu suplício
no quarto vagas lembranças
e antes de dormir o golpe e sacrifício cálice da vinha
e a história espera enquanto vive no passado
...
"estás mal da cabeça... escapado ao impuldo dos meus versos... ou cambaleando embriagado"
...
há dias o ouro perdido
enterrado jazia abaixo da terra
quando nosso solo desabou e as vagas nos tragaram
atordoados desata-mo-mos uns aos outros
Arte... contraste
não era ouro o que enconstrastes
aos gritos, destávamos nós impossiveis
e em meio ao mar nos desatamos
pesadelos sob a chuva chuva
o vento abriu todas as janelas
na casa então inabitada recendia a sequidão oculta
misteriosos vales... e delta de humanos rios
...
mas que amor é este que me exala ausência?
e se esvai enquanto pulsa ainda...
o que é o que é!?
é veneno e não sacia a sede qua a vida sente da morte
olha-me: sou filho do sanqgue coagulado,
sou pássaro xaman
fogoterráguar
...e o vento me leva...
vou fogoterraguar por aí...
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