julho 21, 2008

O esconderijo do sol



a Flor-Diana
é mais que poema, memória.
a poesia sublima


Lua, mostra o esconderijo do Sol!
(o universo é infinito. eu sei que é assim
humanos, procuram em vão um fim)


enquanto os desejos encontram morada
e nasce outro dia, a flor na estação
o aroma de amora recém-nascida
desperta do solo da vida
amantes, raízes
mais que um poema


(será que as galáxias são nômades caminhantes rumo à ruína?
é destino de obras humanas a ruína, das estrelas, o colapso.)


o dia, vem iluminar o resto do mundo, a história, o rastro
Humano brilho cósmico de um astro


à nascente Flor-Diana
um ramalhete de poemas deixei na janela...
ao despertar, escolhe as palavras que desejas
amantes, raízes, asas, inspiração é o teu rosto


semeia as palavras escolhidas no campo
e na relva deita teu corpo nu.
ouves o som da Terra, o mundo?
e teu humano seio pulsar junto?


Viva leonina esfera, o sol em teu signo retorna!
a florescência branca de pétalas de estrela renasce junto
à época em que comemoras uma outra volta em torno do sol


Viva, Rosa-dos-Ventos!
amada pérola, oásis,
alma do cristal.
Rosa-dos-Ventos, viva!


a Flor-Diana renasce

entre lírios tristonhos,

e o pranto do colibri

aflora na face de um sonho...


já ouviste o canto do Uirapuru ?







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